quinta-feira, 25 de junho de 2009

Aspectos Culturais África - Ásia

Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios e raramente dos povos asiáticos. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos e asiáticos faziam sua história. Conheceremos abaixo suas principais características culturais.

O povo Bérbere


Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a constante falta de água e o enorme calor, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, como objetos de ouro e cobre sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas entre outros.
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar e eles também possuíam o conhecimento da localização dos poços no deserto, assim, tendo duas opções de captação de água. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças à resistência deste animal e de sua adaptação ao clima do deserto.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente africano.

Os bantos


Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, saber que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino (reino do Congo) que dominava grande parte do noroeste da África.
Viviam em aldeias que eram comandadas por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o manicongo possuía poderes sagrados e que influenciavam nas colheitas, guerras e saúde do povo, isso mostra a organização que os povos da África possuíam,contrariando a idéia da Europa quanto aos africanos.



Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que formavam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro, eles o extraíam para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana tornou-se com o tempo, uma área de intensa comercialização.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos( mesma organização dos Bantos). Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região, além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras do caia-maga e sua família.



Povos e culturas asiáticas

Os valores básicos do povo estão enraizados na religião. A Ásia é o berço de todas as religiões mundiais: Hinduísmo, Confucionismo, Budismo, Cristianismo e Islamismo. Todas essas religiões são renascidas e adquiriram um novo porque no contexto da modernidade. O secularismo é a conseqüência de uma luta entre a Igreja e o Estado na Europa. Conflitos semelhantes não existem na Ásia e, portanto ela não é secularizada como a Europa. Apesar de as religiões asiáticas parecerem transcendentes, na verdade elas são muito focadas numa boa vida aqui e agora.[...] (MARCELO R. 2008)

Confucionismo

O confucionismo é uma doutrina (ou sistema filosófico) criada pelo pensador chinês Confúcio (Kung-Fu-Tzu) no século VI aC. Possui, além das idéias filosóficas, abordagens pedagógicas, políticas, religiosas e morais.
Os aspectos da filosofia confucionista são: A principal idéia desta filosofia é a busca do Tao (caminho superior). Através deste caminho é possível ter uma vida equilibrada e boa. Através do Tao os seres humanos podem viver, mantendo o equilíbrio entre as vontades materiais (prazeres, bens, objetos, desejos) e as do céu;
Os valores mais importantes no confucionismo são: disciplina, estudo, consciência política, trabalho e respeito aos valores morais. Embora não seja uma religião, existem templos confucionistas, onde ocorrem rituais de ordem social;
Entre os séculos II e começo do XX, o confucionismo foi a doutrina oficial na China. Neste país, esta doutrina ainda é muito praticada. Em diversos países do mundo, principalmente orientais, existem adeptos do confucionismo.
Acredita-se que existam aproximadamente 6,5 milhões de adeptos ao confucionismo em todo o mundo.

Taoísmo

O taoísmo, também conhecido como Daoísmo, é uma religião surgida na China do século II (durante a dinastia Han) e que se originou de uma filosofia oriental, muito valorizada pelo confucionismo, conhecida como Tao (caminho superior). A origem do componente filosófico do taoísmo é atribuída ao filósofo chinês Lao Tse, que viveu no século VI a.C.
Os aspectos da filosofia taoísta são: A sabedoria do Tao (caminho) é a única fonte do universo; A vida é regida por dois elementos (dualismo): yin (feminino) e yang (masculino). Estas duas forças se complementam e não podem existir uma sem a outra; As atitudes humanas devem estar sempre de acordo com a natureza; O ser humano deve buscar o equilíbrio do corpo e deste com a natureza; O ser humano deve buscar o desprendimento do mundo material, não devendo desejar nada. De acordo com o taoísmo, quando um desejo é satisfeito, outro aparece em seu lugar.
Acredita-se que existam aproximadamente 2,7 milhões de adeptos ao taoísmo em todo o mundo.

Budismo

O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico, que se originou na região da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama, também conhecido como Buda, por volta do século VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo.
O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a partir do século VII, com o avanço do islamismo e com a formação do grande império árabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ganhando características próprias em cada região.
Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Esta idéia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana.
A filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada à dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais importante para atingir o estado de nirvana.
A filosofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir: não maltratar os seres vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual respeitosa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes. Seguindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de uma vida seguinte.
Acredita-se que existam aproximadamente 376 milhões de adeptos ao budismo em todo o mundo.

Samurais

Os samurais eram guerreiros leais ao império, durante o Japão medieval. Nesse tempo o país estava vivendo um momento conturbado em que o imperador estava perdendo seu poder, ele era apenas obedecido em Kyoto, a capital, no restante do país, o Japão estava nas “mãos” de proprietários de terras, então surgiram os samurais para “fazer frente a essa desvantajosa situação”.

Aos poucos os samurais conseguiram poder e foram chamados de xoguns, samurais nobilitados pelo imperador, ou seja, tinham virado “nobres”. Eles começaram a ter influência nas decisões do imperador, esse tipo de governo foi chamado de bakufu, que quer dizer governo acampado. Os samurais também formaram grandes clãs, que disputavam entre si o controle interno do Japão.

Eles tinham sua própria cultura, eles eram orientados por um código rígido de ética, chamado de bushido. Os samurais eram educados desde pequenos para terem obediência e para saberem lutar, nas batalhas eles faziam referências aos seus antepassados, ao seus senhores e ao poder de suas espadas, ou seja, essa tradição indicava que os samurais tinham um grande respeito aos seus familiares e que para eles a honra era algo inqüestionável, como o respeito por seus familiares. Durante uma batalha eles deviam estar preparados para matar seus inimigos e morrer com glória.

Os samurais passavam seus conhecimentos, de luta e ética, apenas para seus descendentes, ou seja, era uma classe hereditária. A classe dos samurais era uma classe que era formada por “clãs familiares”. Quando um samurai não tinha um senhor, ele era chamado de ronin, ele não tinha proteção de um proprietário de terras, por isso muitas vezes viravam bandidos ou tinham que vender suas

espadas para trocar por dinheiro ou comida.

Eles não eram apenas guerreiros, mas também prestigiavam arranjos florais, teatros e poemas, o que poderiam ser praticados por eles, a maioria dos samurais eram budistas.

Históriaaki

Olá, pessoal, esse blog foi feito com o propósito de oferecer conhecimento sobre a África e a Ásia em geral, mas também como resultado de pesquisas solicitadas na 4ª avaliação do 2º bimestre da disciplina de história, lecionada pela professora Natália Barros no Colégio de Aplicação da UFPE, 7º ano "A".


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